20/04/2019
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP) negou à Petrobras o que seria a terceira prorrogação de prazo pedido pela estatal para apresentar um plano de desativação de campos terrestres que não estão em produção há mais de seis meses. Ao todo foram oito contratos extintos – sete no Espírito Santo e um na Bahia, cujos campos correspondentes serão incluídos no banco de Oferta Permanente de áreas de petróleo da ANP. “É mais um passo no sentido de aumentar o escopo da oferta permanente e sinalizar que esses campos maduros precisam ser transferidos para operadores interessados na sua operação e que haja investimentos para haver o retorno da produção. Isso vai beneficiar a atividade local, principalmente no Espírito Santo”, disse o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, durante a reunião de diretoria realizada na última quinta-feira, e que aprovou a rejeição do pedido da Petrobras. Desde fevereiro, a agência passou a transmitir suas reuniões semanais pela internet.
49 prorrogados
Por outro lado, na mesma reunião, a ANP concedeu mais prazo para a Petrobras desinvestir em 49 campos maduros em terra e água rasas. O limite estabelecido pela ANP era no primeiro semestre deste ano, mas foi prorrogado até 31 de dezembro. Esses campos fazem parte dos 254 campos selecionados pela ANP, em setembro do ano passado, para que a estatal decidisse se vai voltar a investir ou devolver para serem vendidos à iniciativa privada no banco de Oferta Permanente da ANP, lançado em julho do ano passado. A Petrobras já informou à agência que vai vender 183 desses campos, sendo 134 até o final do primeiro semestre deste ano. Dos 49 que ganharam mais prazo, 11 estão sem produzir, informou o diretor Amorelli, o que pode levar também à extinção de contratos se a produção não for retomada ou o ativo vendido.
Fonte: Época Negócios